segunda-feira, 2 de outubro de 2023

OEA sediou diálogo em apoio à liberdade de consciência, religião ou crença e pluralismo nas Américas



O diálogo contou com a presença do Prof. Dr. Babalawô Ivanir dos Santos, em Washington.
Diálogo significativo, organizado por Missões Permanentes dos EUA, Brasil, Canadá e Chile junto à OEA, em colaboração com a Secretaria Geral da OEA, por meio do Departamento de Inclusão Social da Secretaria de Acesso a Direitos e Equidade, que realizaram diálogo, com a presença do Embaixador Geral dos EUA para a Liberdade Religiosa Internacional, Rashad Hussain, a Relatora Especial da ONU para a Liberdade de Religião ou Crença, Nazila Ghanea e representantes da sociedade civil, para debate de como os Estados devem abordar a discriminação multidimensional sofrida pelos marginalizados comunidades, incluindo comunidades religiosas e espirituais minoritárias, e muitas outras questões.

O debate, ocorrido no dia  dia 29 de setembro, contou com a presença do Babalawô Ivanir dos Santos, único representante brasileiro na atividade. Assim como Representative of Alianza Evangélica Latina Claudio Epelman, Executive Director, Congreso Judío Latinoamericano (Argentina) e Soraya Khan, President, InterClub of Trinidad and Tobago, (Trinidad and Tobago), na Sala Padilha Vidal, Secretaria-Geral Edifício, 1889 F Street, NW, Washington, DC. A roda de conversa contou com público presencial e online, ganhou também tradução em espanhol, inglês, português e francês.

Emblemático, o sacerdote é interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) e fundador do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), que participou do painel “Diálogo em Apoio à Liberdade de Consciência, Religião ou Crença e Pluralismo nas Américas” junto com outros representantes da OEA. Não é a primeira vez que o sacerdote, e também é professor no Programa de Pós-graduação em História Comparada da UFRJ, participa de um evento internacional com o objetivo de fortalecer a liberdade religiosa. Em 2019, Ivanir dos Santos participou do Ministerial Advance Religious Freedom, na ocasião foi premiado pelo departamento de Estado do Governo dos Estados Unidos pela importância na luta contra a intolerância.

“Ao longo das discussões enriquecedoras que compartilhamos neste espaço, pude testemunhar a dedicação e o comprometimento de cada um na busca por um mundo mais justo e inclusivo. Foi um momento de aprendizado e de troca de experiências que fortaleceu ainda mais minha convicção de que a diversidade de crenças e a liberdade de expressar nossa fé são fundamentais para a construção de uma sociedade verdadeiramente democrática”, declarou o babalawô.

Ao longo dos seus mais de 40 anos de luta pelos direitos humanos, Ivanir dos Santos vem trabalhando de forma ativa para promoção da tolerância e erradicação do racismo em nossa sociedade. Liderança respeitada no Brasil e internacionalmente, sua atuação são expressas em ações, como a “Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que em setembro de 2023 chegou a sua 16ª edição, reunindo em torno de 100 mil pessoas em Copacabana / RJ, o Festival Cultural Inter-religioso “Cantando a Gente se Entende”, e em publicações com o seu livro “Marchar Não é Caminhar”, publicado pela editora Pallas, e o “II Relatório Sobre Intolerância Religiosa: Brasil, América Latina e Caribe”, publicado pelo CEAP em parceria com a UNESCO.

“Neste diálogo, tivemos a oportunidade de abordar questões complexas, como a discriminação, o racismo e a intolerância enfrentada por comunidades marginalizadas, incluindo aquelas de fé minoritária. Foi inspirador ouvir as perspectivas e ideias de todos os presentes sobre como os Estados podem desempenhar um papel crucial na promoção desses direitos fundamentais. Que possamos todos continuar a colaborar e inspirar mudanças positivas em nossas comunidades e nas Américas como um todo. A diversidade é nossa força, e a liberdade de consciência e religião é um direito que devemos proteger com determinação”, completa o sacerdote.

A liberdade de religião ou crença é multidimensional e cruza-se com outras liberdades fundamentais, incluindo os direitos à liberdade de expressão, associação e reunião pacífica. O encontro foi uma legítima contribuição na construção de um mundo mais tolerante e inclusivo, onde cada indivíduo possa viver sua fé com dignidade e respeito.

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