sábado, 11 de junho de 2022

Jacques d’ADESKY, lança no próximo dia 13 de junho o livro Uma Breve História do Racismo. Intolerância, Genocídio e Crime contra a Humanidade



No próximo dia 13 de Junho às 18h, na Livraria da Travessa em Botafogo, acontecerá o Lançamento do Livro “Uma Breve História do Racismo – Intolerância, Genocídio e Crime contra a Humanidade” de autoria do antropólogo Jaccques D’ Adesky, intelectual Afro-Europeu pela Cassará Editora.

O autor que há décadas se dedica ao estudo e à produção acadêmica sobre esse tema no brasil, deve ser recebido como uma contribuição significativa ao entendimento de um fenômeno demasiado importante para ser relegado à esfera do senso comum.

Jaccques, fornece aos seus leitores uma visão ampla e atualizada de um fenômeno que continua a assombrar, com suas variadas facetas, muitas sociedades no mundo contemporâneo, este livro ganha ainda maior relevância por seu publicado num momento especialmente sombrio e preocupante para a humanidade.

O antropólogo possui em seu curriculum biográfico algumas obras como: Jacques d'Adesky ; d'ADESKY, J. . Diversidade, direitos humanos e justiça social. Revista do Tribunal Superior do Trabalho , v. 79, p. 181-191, 2013,  Jacques d'Adesky ; d'ADESKY, J. . Do direito à palavra ao poder de enunciação do Movimento Negro no Brasil.. NGUZU: Revista do Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos , v. 1, p. 94-105, 2011 , d'ADESKY, J. . Les études brésiliennes sur les relations raciales aux États-Unis. Anthropologie et Sociétés , v. 33, p. 223-236, 2009 entre outros.

Serviço:

Local: Livraria da Travessa Botafogo – Rua Voluntários da Pátria, 97

Horário: 18h

Livro: Uma Breve História do Racismo – Intolerância, Genocídio e Crime contra a Humanidade”

Autor: d’ADESKY, Jacques.

Páginas: 368 páginas

Editora: Cassará

Valor: R$ 60,00

O livro será a venda na rede da Livraria Travessa no Rio e São Paulo. Também em e-book pela Amazon.

Release assinado por Carlos Alberto Medeiros

d’ADESKY, Jacques. Uma Breve História do Racismo. Intolerância, Genocídio e Crime contra a Humanidade. Rio de Janeiro: Cassará Editora, 2022, 368 p.

Por muito tempo negligenciada ou simplesmente ignorada na discussão acadêmica e no debate público, a questão de raça tem ganhado um espaço significativo nessas duas esferas, nas duas últimas décadas, a partir do debate sobre políticas de ação afirmativa com recorte racial, que mobilizou intelectuais, sobretudo, das ciências sociais e humanas, além de ativistas do movimento social no Brasil.

A isso tem se somado, nos últimos anos, o próprio aumento exponencial, em consequência dessas políticas, da presença de alunos negros nas universidades, bem como a intensidade e a forma como os temas ligados à questão de raça, têm sido apresentados e discutidos quotidianamente nos principais jornais e revistas do país, e na mídia televisiva.

Num momento como este, o lançamento de Uma breve história do racismo, de autoria do antropólogo Jacques d’Adesky, intelectual afro-europeu, que há décadas se dedica ao estudo e à produção acadêmica sobre esse tema no Brasil, deve ser recebido como uma contribuição significativa ao entendimento de um fenômeno demasiado importante para ser relegado à esfera do senso comum.


Com uma visão que abrange uma diversidade de momentos da História Humana desde a Antiguidade, vemos a construção da ideia de uma humanidade comum, fruto de uma lenta maturação que, até hoje, não se consolidou plenamente, envolvendo desde pensadores da Ásia e da Grécia antigas, passando pela ascensão das religiões monoteístas, até chegar à modernidade, com as Revoluções Americana e Francesa, que produz a primeira Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, em 1789. Nesse processo, destaca-se o papel desempenhado pela ciência, especialmente a paleontologia, a antropologia e a genética, responsáveis não apenas por provar a igualdade biológica entre os seres humanos, mas também sua origem comum no Continente Africano.

  De particular interesse para os estudiosos do racismo, são os tópicos que abordam a evolução desse pensamento, desde a intolerância religiosa em países como Grécia, Roma e Egito, passando pelo antijudaísmo cristão e o proto-racismo árabe e ibérico, que acabam fornecendo as justificativas iniciais para a escravização de africanos, tanto nas Américas quanto no Oriente Médio, e que constituem um capítulo muito pouco – e imerecidamente – conhecido da história. Passa-se daí à construção do racismo científico, com o mito ariano e as bases ideológicas do nazismo, com destaque para o antissemitismo, a eugenia e a sociobiologia, pseudociência recentemente proposta (década de 1970), que pretende explicar o comportamento dos seres humanos com base na genética.

Em seus capítulos finais, d’Adesky aborda mais especificamente o fenômeno do racismo na atualidade e as múltiplas formas e disfarces que ele assume. Isso inclui a visão do “neorracismo”, ou seja, um racismo que não se assume como tal, tendo em vista a demonização dessa ideologia, e especialmente desse termo, no contexto global, e se esconde sob as máscaras do essencialismo, do culturalismo e do relativismo cultural: a ideia de que cada nação tem o direito de expressar e de preservar suas características etnoculturais, incluindo a exclusão dos que lhe sejam “diferentes” – o que, levado às últimas consequências, se traduz no genocídio, tema de todo um capítulo, que se debruça, em especial, sobre os mecanismos que têm sido construídos, especialmente após a Segunda Guerra Mundial, para preveni-lo, enfrentá-lo e punir seus perpetradores.

Importante, como já seria, por fornecer aos seus leitores uma visão ampla e atualizada de um fenômeno que continua a assombrar, com suas variadas facetas, muitas sociedades no mundo contemporâneo, este livro ganha ainda maior relevância por ser publicado num momento especialmente sombrio e preocupante para a humanidade que assiste à emergência de ideias e visões de mundo que considerávamos superadas e atiradas ao lixo da história. Num momento como este, torna-se ainda mais importante conhecer os fundamentos históricos e presentes dessas percepções e práticas distorcidas, bem como os instrumentos de que dispomos para enfrentá-las.  

Carlos Alberto Medeiros

Graduado em Comunicação e Editoração - Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Eco/UFRJ). Mestre em Ciências Jurídicas e Sociais, Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutor em História Comparada, Instituto de História, UFRJ. Autor de Na lei e na raça: legislação e relações raciais, Brasil-Estados Unidos e coautor de Racismo, preconceito e intolerância.

Um pouco mais sobre o autor:

Doutor em Antropologia Social pela Universidade de São Paulo. Licenciado em Ciências Econômicas pela Universidade Católica de Louvain na Bélgica. Trabalhou como funcionário internacional do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) na República Centro-Africana, bem como coordenador do Programa Sul-Sul do Conselho Latino-Americano das Ciências Sociais (CLACSO), em Buenos Aires, Argentina. Tem sido pesquisador do Centro de Estudos Afro-Asiáticos da Universidade Candido Mendes, coordenador geral do curso de Relações Internacionais da Universidade Estácio de Sá, professor no Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio, pesquisador visitante da Universidade Laval, Quebec no Canadá, assim como professor visitante do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Direito (PPGSD) da Faculdadede Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente, é copresidente do Centro Internacional Joseph Ki-Zerbo para a África e sua Diáspora (CIJKAD). Tem artigos publicados em revistas acadêmicas brasileiras, francesas e canadenses. Tem igualmente publicado livros, entre os quais: Racismos e Anti-Racismos no Brasil, Pallas Editora; Anti-racismo,Liberdade & Reconhecimento, DaudtDesignEditora; Percursos para o Reconhecimento, Igualdade e Respeito.

Num momento como este, o lançamento de Uma breve história do racismo, de autoria do antropólogo Jacques d’Adesky, intelectual afro-europeu, que há décadas se dedica ao estudo e à produção acadêmica sobre esse tema no Brasil, deve ser recebido como uma contribuição significativa ao entendimento de um fenômeno demasiado importante para ser relegado à esfera do senso comum.

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