quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Visão computacional: de smartphones a carros, máquinas que ‘enxergam’ fazem parte do nosso dia a dia

 


Dos smartphones que utilizamos no dia a dia a máquinas e instrumentos médicos, de equipamentos industriais a carros autônomos, a visão computacional é uma das tecnologias que mais nos cercam atualmente e, precisamente por isso, uma das áreas mais pesquisadas da Inteligência Artificial. 

O termo se refere, de forma geral, ao processamento de imagens do mundo real por meio de um computador; na prática, o que a visão computacional faz é ensinar computadores e dispositivos a reconhecer imagens e detectar movimentos, replicando artificialmente a visão humana. A partir daí, as informações são processadas por um sistema, que vai decidir como o computador ou dispositivo deve agir em seguida.

“Um dos exemplos mais comuns de visão computacional está nos nossos smartphones”, explica Luan Florêncio, líder de hardware da Lieno Tecnologia.  “Eles utilizam diversos mecanismos: desde o reconhecimento do rosto do usuários em uma selfie ou para desbloquear o aparelho, ou mesmo reconhecendo o sorriso do usuário para disparo de uma fotografia”, diz.

Além dos aparelhos que utilizamos no dia a dia, a visão computacional está presente em sistemas de segurança, para a liberação de usuários na entrada de um estabelecimento, por exemplo; na agronomia, para irrigação de plantações; na indústria, para verificação invasiva de materiais, prevenção de colisão entre máquinas e inspeção de maquinário. 

No âmbito da segurança, a Lieno Tecnologia desenvolveu um sistema de contabilização de entrada e saída de pessoas de um ambiente, por meio de detecção e reconhecimento de movimento. Mas uma das aplicações mais importantes desenvolvida pela empresa é o reconhecimento de placas de veículos. 

“Com esse sistema, é possível obter as informações associadas ao veículo de forma automatizada, usando como base bancos de dados particulares ou de instituições públicas de trânsito”, afirma Luan. “Uma aplicação possível, por exemplo, é no sistema de câmeras de trânsito das cidades: o sistema reconhecerá automaticamente, pela leitura das placas, veículos furtados ou com pendências perante os órgãos fiscalizadores”, elabora. O sistema também pode ser utilizado por seguradoras, por exemplo.

De acordo com Luan, com a ampliação do uso dessa tecnologia será possível ter cidades com tráfego completamente autônomo, baseadas em veículos não tripulados que reconhecem o trajeto e os obstáculos sozinhos. 

“As pesquisas apontam que, nos próximos anos, veremos máquinas cada vez mais inteligentes e capazes de ‘enxergar’ o que está ao seu redor. Associado a outros elementos de inteligência artificial, como as redes neurais, é possível melhorar mais ainda a precisão da visão computacional em sentido de obter dados mais precisos e tornar os processos ainda mais eficientes”, conclui. 

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