Fernando Parré é um artista de Botucatu/SP. Nascido e crescido no interior de São Paulo, vive arte em diferentes linguagens que se unem em ação conjunta. É músico, produtor, poeta, fotógrafo, filmmaker e pintor. “Encaro o fazer artístico como alimento, ar, provocação e locomotiva”, comenta. É fundador do estúdio Forja e da produtora Fainestai, ambos em Botucatu. E por meio das várias formas de arte, produz trabalhos musicais e audiovisuais dele e de outros artistas e participa da cena cultural de sua região desde 2011.
Em 2020 lançou seu primeiro trabalho solo, “Gerúndio”, um
álbum com 7 faixas de um artista múltiplo, procurando seu espaço tempo em forma
de som. Agora ele se prepara lançar um novo trabalho, o EP Forja. “As canções
do EP começaram a ser compostas o começo de 2020, num cenário de encarar a
pandemia e pressentir o muito que ainda havia por vir. Foram músicas que se
apresentaram após o lançamento do álbum Gerúndio”, explica Fernando. Forja vem
do latim: oficina, ofício ou arte — significados epistemológicos que constituem
o álbum.
Ao longo de um ano e meio, a pesquisa artística percorreu
duas grandes vias: visual e musical. Um processo criativo retroalimentado onde
o musical direcionou o imagético, que por sua vez aprofundou e lapidou as
mensagens sonoras. Cada faixa tem uma imagem correspondente. Da mesma forma, a
capa é composta das quatro imagens juntas. Em diálogo, as músicas e as imagens
são individuais; quando em conjunto, constroem a narrativa do EP Forja.
Do ofício de construir, forjar arte, surgiram as 4 faixas do
EP. Navega por gêneros musicais em diálogo e ação conjunta. EDM &
Downtempo, Darkwave & Lo-Fi, House & Dubstep, Jazz & Rock, Cumbia
& Groove, Ciranda & Olodum. Sobre o fazer arte, Fernando fala: “Música
enquanto expressão cultural síntese de diversidade. Habitando a interface da
canção e do instrumental, a poesia abraça o som, usando ele como alimento
criativo. Expressando as diversas formas de como agimos, acolhemos nossas
fortalezas e fraquezas, alegrias e tristezas; de como lidamos com a pandemia, o
neofascismo, com todo o passado que nos trouxe até o presente”.
Quatro faixas, quatro lugares-formas de ser, estar, sentir e
existir no mundo contemporâneo. O EP começa com “Pranto”, uma canção lamento,
com base em beats eletrônicos, que versa sobre o momento difícil que estamos
vivendo. “Festa” é um contraponto positivo, fortalecimento coletivo que
alimenta a cada um, energia para agir nos processos graduais e nos repentinos,
com elementos de Dubstep e ritmos latinos. “Luta” é se voltar para a realidade,
um pedido por forças aos antepassados, uma lembrança de que a força está no
povo, pessoas, e a luta e a esperança são diárias, tudo a partir de uma
guitarra suave de jazz e rock.”Lar” fecha o EP uma percussão marcante e
grooveado em uma canção instrumental eletrorganica relaxante, mas deixando
claro que o futuro segue em aberto.
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