O compositor e guitarrista Olegário Lucena faz um passeio pelo agreste pernambucano para apresentar "Bascui", single levado por uma guitarra elétrica viciante e por batidas eletrônicas que flertam com estilos como coco e guitarrada. Na faixa, o músico celebra o encontro com os poetas Luís Homero e Hercinho exaltando os termos populares típicos do linguajar popular do nordeste. O single conta com patrocínio da Lei Aldir Blanc e estreia nas plataformas digitais no dia 30 de junho.
"Bascui é como chamamos a poeira que acumula sobre a mesa de uma casa fechada há dias (a mesa tá cheia de bascui, por exemplo), entulho, lixo, os carrapichos e espinhos que se pregam na roupa quando entramos no mato e por aí vai. A música brinca com isso, com o dicionário nordestino em uma métrica poética predominante da região, especialmente nos trabalhos dos cantadores de coco e declamadores", explica Olegário. "Na canção, fiz questão de mostrar que a tradição do cancioneiro do nordeste combina muito bem com arranjos mais modernos, com o uso de beats, sintetizadores e guitarra elétrica", completa.
A parceria com os poetas Luís Homero e Hercinho vem de uma convivência de longa data, dos encontros em feiras livres, praças e festivais. Ambos assinam a letra de "Bascui" com Olegário, composta entre as idas e vindas para a festa de Louro, em São José do Egito, no sertão pernambucano, para o Sítio São Francisco, localizado em Prata, Paraíba, terra do aclamado poeta Zé de Cazuza, pai de Luís Homero.
A faixa anuncia disco, previsto para o segundo semestre de 2021, e também marca uma nova fase na carreira do músico. "Participei do desafio #30dias30beats, iniciativa de Daniel Jesi(Big Jesi- PB) e me abri para o mundo dos beats. Não só "Bascui", como também em sete das nove faixas do álbum são influenciadas por essas experimentações sonoras", antecipa.
A produção musical é assinada por Olegário Lucena e Clayton Barros, do Cordel do Fogo Encantado, e ganha o mundo através de parceria com o Selo Estelita.
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