O Samba na Gamboa que a TV Brasil exibe na noite de quinta (6), às 22h30, reúne três jovens compositoras e cantoras que já contam com uma legião de fãs no Rio de Janeiro: Clarice Magalhães, Elisa Addor e Roberta Nistra. Suas apresentações são disputadas pelos amantes do gênero, que apreciam as composições de seus projetos solo e a releitura conjunta dos muitos clássicos do samba.
No programa, as cantoras conversam sobre a importância da geração de artistas que lutou pela revitalização da Lapa e as conquistas e dificuldades das mulheres no mundo do samba. Militantes, fazem questão de abrir espaço para as instrumentistas em seus shows. E citam as compositoras que as inspiraram em suas carreiras.
Elas relembram fatos marcantes da trajetória, como o bar Semente, palco da renovação do samba na Lapa e onde foram revelados muitos talentos no começo dos anos 2000.
"Foi fundamental para a história do samba, da música carioca. Era uma casa que abria as portas para a gente tocar a música que a gente quisesse", destaca Elisa Addor, que cantou no bar semanalmente ao longo de seis anos.
"Os músicos iam (ao Semente) porque eles realmente gostavam", acrescenta Roberta Nistra. "Tem um mistério na galera que toca, que quando você vê, está todo mundo só naquele lugar e fica anos e anos. E o Semente foi onde esse movimento durou mais tempo."
O trio interpreta os sucessos "Maria Rita" (Luiz Grande), "É D'Oxum" (Vevé Calasans / Gerônimo), "Conto de Areia" (Romildo / Toninho Nascimento), "Minha Festa" (Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito), "Beija-me" (Roberto Martins / Mario Rossi), "Resignação" (Dona Ivone Lara / Hélio dos Santos), "Sorriso de Criança" (Dona Ivone Lara / Delcio Carvalho), "Mas quem disse que eu te esqueço" (Dona Ivone Lara / Hermínio Bello de Carvalho).
Clarice Magalhães criou uma orquestra de pandeiros e transmite sua paixão pelo instrumento aos alunos. É pandeirista, cantora e compositora. Após tocar na Orquestra de Pandeiros Pandemonium entre 1997 e 1998, integrou o conjunto Cordão do Boitatá e o grupo Batifundo, já com Roberta Nistra e Marcello Mattos. Já acompanhou vários bambas, como Wilson das Neves. Em 2009, lançou “Meu Saravá”, com composições inéditas e regravações.
Elisa Addor teve seu nome lançado no concurso “Jovens Bambas do Velho Samba”, que venceu com o grupo Cana de litro. Em 2011, lançou seu primeiro CD, com duas canções de sua autoria: “Janaína” e “Deixa falar” (com Valmyr de Oliveira). Participou de diversos projetos culturais do samba com o “Lapa de todos os sambas”, com três gerações de cantores, músicos e compositores de samba no CCBB.
Nascida em Vila Isabel, Roberta Nistra é cantora, compositora e instrumentista e, aos 18 anos, já integrava o grupo que acompanhava o cantor Moreira da Silva. Compôs com bambas como Moacyr Luz e já comandava as rodas do Semente ao lado do violonista Fernando Temporão, em 2010. Participou de projetos como o “Lapa de todos os sambas” e do grupo Batifundo. Em 2011, lançou o CD “Roberta Nistra”, com faixas como “Mãe África” (Paulo César Pinheiro e Sivuca), Afoxé de Oxalá (Luís Antônio Simas) e Francisco de Oxum (Lucio Sanfilippo).
Em 2012, as três cantoras apresentaram o show “Samba das meninas” em um bar da Lapa, com sucesso. Nele, interpretaram clássicos do samba e canções dos álbuns que haviam lançado."
Serviço:
Samba na Gamboa – Clarice Magalhães, Elisa Addor e Roberta Nistra
Quinta-feira, 6 de fevereiro, às 22h30, na TV Brasil
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