Que a cidade de Salvador chama atenção
do olhar de diversos fotógrafos todo mundo já sabe. Também não é
novidade que os cenários da capital baiana sejam desejados para
tantos ensaios e outras produções audiovisuais, como novelas,
filmes e vídeos publicitários. Mas há quem diga que nem sempre é
fácil encontrar espaços que agreguem, de forma funcional, as mais
diversas linguagens artísticas com um conceito mais colaborativo e
flexível. Assim, surge a Kumbuka Imagem & CO, um espaço
projetado para fomentar o mercado de audiovisual baiano, através da
junção da imagem, áudio, fotografia, moda, entretenimento, poesia.
O projeto foi exclusivamente desenvolvido para atender a todas essas
demandas, sem formatos engessados.
"A Kumbuka surge com a ideia de
unificar, agregar, fomentar, conectar. Quis trazer para a nossa
cidade algo novo no mercado audiovisual como uma forma de expressar
minha gratidão a tudo que pude viver através de um caminho tão
difícil, que é a arte. Quero que outras pessoas também possam
sonhar com isso. " revela Rafa Mattei, idealizador do projeto.
Com sede no Rio Vermelho, bairro amplamente conhecido por sua
diversidade cultural, o espaço estará disponível para locações,
aluguel do estúdio, escritório compartilhado, cursos, palestras,
todos voltados para arte. E arte é o que não falta por lá: a
fachada foi toda grafitada pelo artista baiano Fael Primeiro. Nas
paredes internas, textos com um tom poético para gerar sensação de
afeto e pertencimento a quem chegar. A marca foi criada e
desenvolvida por Rafa Mattei, designer e fotográfo com formação em
New York. Rafa tem seu trabalho constantemente vinculado a grandes
marcas como, Schin, Vivo Grendha, Gillette, Cereser, Americanas,
Luftal, Pampers, e grandes artistas como Ivete Sangalo.
Sustentabilidade: da escolha do nome às
ações concretas
A busca pelo nome do espaço gerou
certa inquietação ao idealizador do projeto. Há certo excesso no
uso de termos oriundos de línguas estrangeiras, em especial a
inglesa, sobretudo no mercado corporativo e no mundo dos negócios.
Por isso, a escolha do nome "KUMBUKA" procurou fugir desse
padrão e foi mergulhar na riqueza que é a língua portuguesa e suas
bases culturais, como fonte de inspiração para criação da marca.
A palavra "kumbuka” tem origem
indígena, mais precisamente tupi-guarani, e, no dicionário da
língua portuguesa, cumbuca é aquele potinho para juntar
ingredientes, misturar iguarias, produzir sabores apetitosos,
compartilhar alimentos e nutrir. O nome foi escolhido justamente para
descrever os principais objetivos deste novo projeto: misturar,
fomentar, nutrir, compartilhar. "Pensar sobre a valorização de
nossas origens culturais é também um indicador de sustentabilidade.
É preciso olhar para as nossas raízes para deixar crescer as
folhas", diz Leana Mattei, irmã de Rafa, escritora dos textos
que estão nas paredes do espaço, diretora da Aganju, uma
consultoria em responsabilidade social e sustentabilidade que apoiará
a Kumbuka na realização de ações mais sustentáveis.
De cara, a Kumbuka já assume o
compromisso gerar menos lixo: lá não serão utilizados
descartáveis. No espaço, também serão realizadas campanhas de
utilidade pública, como o consumo responsável de álcool e respeito
à diversidade. "Queremos construir um plano de ação com ações
que tragam impactos mais positivos. As possibilidades da arte são
infinitas", destaca Rafa.
A partir do dia 20 de julho, o espaço
abrirá suas portas e já estará pronto para receber profissionais e
projetos na área de audiovisual.
Serviço
Kumbuka Imagem & CO
Funcionamento: de 10h às 22h
Onde: bar Bombar
Endereço: Rua Canavieiras, n. 24.
Acesso pelo Bar Bombar.
Contato: 071 99966 8478 - Rafael Mattei
/ @kumbuka
Inauguração: dia 20 de julho para
convidados
Crédito da Foto: Raffa Mattei
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