Do jazz de Mafalda Minnozzi ao pop de Karin Martins, o que
não falta no meio musical são mulheres fortes e cheias de energia subindo ao
palco para mostrar toda a sua voz. Em uma indústria até então predominantemente
masculina, o crescimento das mulheres se deve a uma forte conscientização, onde
as artistas estão finalmente tomando conta de seu espaço e se posicionando para
criar ainda mais presença dentro desse mercado.
Nessa cena musical, até o momento de comprar um instrumento
pode ser um obstáculo. Não há falta de interesse das mulheres: elas querem
compor, mixar, gravar, tocar instrumentos e produzir música. Mas o que existe,
às vezes, é um ambiente opressor. “Não faz sentido com tanto estudo nós ainda
sofrermos descriminação apenas por sermos mulheres”, revela Karin Martins, que
começou a estudar música aos 12 anos de idade.
No papel de protagonistas, mulheres de diversos estilos e
diferentes gerações se destacam, como a italiana Mafalda Minnozzi. Há 20 anos
no Brasil, a cantora é reconhecida pela sinceridade e paixão com as quais
interpreta inúmeras canções de sua terra natal. No time das novas vozes da
música brasileira, estão: Luiza Caspary e sua música acessível a pessoas surdas
e ensurdecidas; a contemporânea Naiá, que coloca a sua roupagem e estilo
próprio em releitura de músicas nacionais; a voz suave e marcante da cantora,
compositora e violinista Karin Martins; e a paulistana Rachell Luz, dona da
música “Flor da Pele”, em parceria com Zeca Baleiro.
Além de artistas solo, é cada vez mais comum ver mulheres
assumindo o vocal de grandes bandas. Um dos exemplos é Gisele Lira, líder da
banda “Laika Não Morreu!” e ex the-voice. O grupo foi formado em 2017 e possui
influência de músicas eletrônicas, pop e, claro, clássicos do rock’n roll. Já
Raquel Virgínia e Assucena Assucena, vocalistas da banda “As Bahias e a Cozinha
Mineira”, dominam o MPB com suas músicas repletas de significado e luta contra
preconceitos.
No meio de tantos talentos, são as mulheres que sacodem o
cenário musical do samba ao rock, provando que uma revolução feminina sempre é
necessária!
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