Foto Ze Takahashi |
Há três anos, Fernanda Yamamoto visitou João Pessoa e recebeu a dica de um amigo: “Ele disse que eu precisava conhecer o trabalho das rendeiras no interior da Paraíba”.
Não demorou muito para a estilista, enfim, descobrir a inspiração no Coletivo Feminista de Cunhã que iria ganhar as passarelas do São Paulo Fashion Week nesta edição de inverno. Há um ano e meio, Fernanda foi na casa das rendeiras, viu um pouco do que existe por trás das rendas e decidiu dar início ao trabalho junto a elas.
“Fui umas sete vezes pra lá, levando desenhos exclusivos para que elas os executassem. Envolvemos cerca de 77 rendeiras, que criaram pontos novos e participaram ativamente da coleção. Elas teciam a renda no dia a dia, deixando de lado as tradicionais flores e trabalhando com desenhos geométricos e mais rebuscados. A renda fala de uma coisa que é maior, as mulheres que fazem esse trabalho”, explicou.
Na tarde desta quinta-feira, 10 rendeiras viajaram pela primeira vez a São Paulo, acompanharam todo o processo do desfile no backstage e desfilaram na passarela. As peças desta coleção chegam mais retas e soltas com destaque para as rendas inteiras, sobrepostas e em camadas.
Blog João Alberto
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