Ao longo dos seus 35 anos o Projeto Tamar já deu a chance de 20 milhões de tartaruguinhas iniciarem a grande jornada da vida. Para simbolizar este número e comemorar a data, no próximo dia 27 de fevereiro, às 17 horas, um filhote de tartaruga marinha recém-nascido e seus irmãos farão sua primeira caminhada para o mar, na soltura especial. À noite, a partir das 20 horas, um show com nomes da música brasileira celebra a data, no Espaço Cultural do Projeto Tamar, na Praia do Forte (BA)
“É uma conquista da sociedade brasileira e de todas as pessoas que trabalham corajosamente para proteger as tartarugas marinhas”, lembra o coordenador nacional e um dos fundadores do Tamar, Guy Marcovaldi. “Alcançamos resultados importantes em 35 anos, pois nasceu uma nova geração de tartarugas marinhas no Brasil que aos poucos vai reconquistando as nossas praias”, afirma.
Infelizmente, apenas um de cada mil desses 20 milhões de filhotes vai sobreviver. Existem apenas pouco mais de sete mil fêmeas desovando no país, e uma tendência consolidada de crescimento das populações de tartarugas marinhas. As redes de pesca são a maior das ameaças e as luzes artificiais nas praias de desova (fotopoluição), entre outros perigos, podem diminuir este número drasticamente. Por isso, é necessário o apoio de toda a sociedade para proteger esses animais ameaçados de extinção.
O Projeto Tamar
Criado há 35 anos, o Projeto Tamar é uma cooperação entre o Centro Tamar/Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a Fundação Pró-Tamar. Trabalha na pesquisa, proteção e manejo das cinco espécies de tartarugas marinhas que ocorrem no Brasil, todas ameaçadas de extinção: tartaruga-cabeçuda (Caretta caretta), tartaruga-de-pente (Eretmochelys imbricata), tartaruga-verde (Chelonia mydas), tartaruga-oliva (Lepidochelys olivacea) e tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea). Protege cerca de 1.100 quilômetros de praias e está presente em 25 localidades, em áreas de alimentação, desova, crescimento e descanso das tartarugas marinhas, no litoral e ilhas oceânicas dos estados da Bahia, Sergipe, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Reconhecido internacionalmente como uma das mais bem sucedidas experiências de conservação marinha do mundo, seu trabalho socioambiental, desenvolvido com as comunidades costeiras, serve de modelo para outros países.
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