Muito álcool em gel pela catraca e nas gavetas e trocar a máscara pelo menos três vezes por dia tem sido a receita da cobradora Adriana Freire, 44 anos, para evitar se infectar com o coronavírus durante o trabalho.
A partir de agora,
ela começa a ficar mais tranquila, mas sem baixar a guarda. Adriana foi uma das
primeiras da categoria a se vacinar contra a Covid-19 na manhã desta
terça-feira (18) no Centro Empresarial de São Paulo, na zona sul da capital
paulista.
"Essa hora foi muito esperada. A gente fica tensa
porque os coletivos estão sempre cheios, e agora eu não vou colocar em risco
meu marido e meu filho. "A vacinação de motoristas e cobradores do
transporte coletivo municipal e da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes
Urbanos) deve atender 47,7 mil pessoas na capital paulista, segundo a
Secretaria Municipal da Saúde. Em todo o estado, 165 mil pessoas estão nesse
grupo, de acordo com o governo João Doria (PSDB).
Essa foi uma demanda da categoria, que ameaçou iniciar uma
greve caso não fosse definida como prioritária para a imunização. Em abril, foi
anunciado que esses trabalhadores seriam contemplados.
O público poderá ser imunizado nas 468 UBSs (Unidades
Básicas de Saúde), AMA/UBS Integradas e nos oitos megapostos implantados na
cidade. Para receber a vacina, é necessário apresentar um documento oficial de
identificação (de preferência o CPF) e um comprovante de vínculo empregatício,
como crachá ou holerite.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de São Paulo
acrescenta que os trabalhadores que estiverem afastados de suas funções também
devem apresentar a carteira profissional. "Deus me guardou até agora, e
com a vacina eu vou ficar ainda mais protegido", comemorava o motorista
Rubens Machado Filho, 44. Ele diz que não teve a Covid-19, mas viu muitos
amigos em estágios graves da doença.
"A gente vai trabalhar com medo por causa da
aglomeração." Segundo o presidente do Sindmotoristas, José Valdevan de
Jesus Santos, o Valdevan Noventa, 182 trabalhadores de empresas do transporte
coletivo municipal morreram em decorrência do coronavírus.
Fonte:Folhapress
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