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Este caso reflete uma situação
mais extrema, mas no dia 1º de abril, conhecido como o Dia da Mentira, pessoas
de todo o mundo brincam umas com as outras, pregando peças. No Brasil, a data
começou a ser difundida em Pernambuco com a circulação do jornal “A Mentira”,
lançado em 1º de abril de 1848, com a falsa notícia do falecimento de D. Pedro
I.
Desde então, a data é sempre
lembrada, mas nos outros dias do ano é comum convivermos com mentiras, sejam de
familiares, amigos, companheiros ou políticos. A psicóloga do Hapvida Saúde,
Lívia Vieira, explica que todas as pessoas mentem, seja de forma mais leve ou
prejudicial, a pesar da prática ser sempre condenada. “Aprendemos desde cedo a
mentir para sermos aceitos no meio social, mentimos para nos auto afirmarmos,
para inflar o nosso próprio ego, por conveniência, como estratégia de sucesso,
ou para sermos amados e acolhidos”, afirma.
De acordo com a psicóloga, a
sociedade tenta fugir do peso das mentiras e intitulou as leves omissões, as
que não causam danos, de ‘mentiras brancas’. “Há mentiras em várias áreas da
atividade humana como a mentira religiosa, por omissão, a convencional, a
política, a conjugal e nas relações sociais”, esclarece.
No entanto, é preciso analisar as
mentiras e pontuá-las de acordo com os prejuízos ou danos que possam causar nos
relacionamentos pessoais e profissionais, já que pode ser algo patológico. A
especialista do Hapvida Saúde explica que além de Síndrome de Münchhausen -que
é um transtorno de personalidade-, em estágios graves de depressão, bulimia,
anorexia, cleptomania e dependência química, é comum que as pessoas mintam
compulsivamente para omitir o seu comportamento
Por este fator, é preciso saber
distinguir a mentira banal da mentira psicopática, como orienta Lívia Vieira.
“Os psicopatas mentem sem culpa, mentem friamente e utilizam a mentira como
ferramenta de trabalho, um meio de vida. São pessoas que mentem sem motivo, são
narcisistas e capazes de tudo para alcançar os seus objetivos”, assegura.
Nos casos em que a mentira toma
uma proporção maior ou, mesmo de forma mais branda, incomoda quem está por
perto, a recomendação é se afastar. Segundo a psicóloga, é difícil mudar o
outro, portanto é uma questão de escolha e livre-arbítrio, e se alguém sente
que a mentira o prejudica, o ideal é buscar a sua própria verdade. A partir
disso, de acordo com a especialista, é possível distinguir os prejuízos da
mentira e agir com sensatez, tendo em vista que nem sempre é preciso entrar em
conflitos para resolver problemas deste tipo.
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